sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Me add ae!!!
















"...o mundo, o orkut e as pessoas estão ai para serem add, oras!"

por 02 - descaradamente um fanfarão.




......Primeiro: tudo é muito bonito......




Você começa a add (leia-se "adêdê") todo mundo. Quer fazer amizade. Acredita que quanto mais melhor.


Não quero estragar seus delírios sobre a amizade, mas é exatamente o que vou fazer!


O Add já é algo tão comum, que poderia, se já não é, virar verbo:

Eu addo
Tu addas
Ele addeda
Nós addedamos
Vós addedeis
Eles addedam


Ou quem sabe, constar no dicionário:

Add – ato de forçar uma amizade que não existe através da internet, ² ato de forçar as pessoas a perguntarem se está tudo bem com a sua vidinha medíocre.



É a globalização. Não há como evitar

Temos que add todo mundo mesmo. Ou você tem coragem de negar a sua singela amizade àquele estranho que você só viu uma vez na vida, e sabe que essa provavelmente foi a primeira e última vez?



......Segundo: tudo é muito feio......



Aquela menina que quer ser a mais popular do orkut (sim, isso existe) te add por que você tava conversando com a prima dela sobre a subvida do atum em tempos de aquecimento global. Isso naquela festinha na garagem da tia de um conhecido do seu irmão.


Ah! Mas ainda não acabou... Ainda temos o grande sugador de tempo: o heróico MSN

Sim, não poderia esquecer de tão importante figura em tempos de “add”!


Dizem às profecias que quando os quatro cavaleiros do apocalipse chegarem, eles irão anunciar o fim do mundo através de scraps no orkut e daquelas janelinhas insuportáveis que ficam pipocando no MSN.


E o que dizer do "ocupado" e "ausente"??? Alguém ainda cai nessa??


Agora a coisa que eu mais gosto é quando a namorada daquele seu antigo amigo de colégio, que você conversa uma vez por ano, resolve te add no MSN... Agora me responde: Está certo eu me sentir culpado por não ter assunto com a infeliz?? EU NÃO TE CONHEÇO MULHER!!


Tenho que fazer duas confições antes de acabar esse texto "internetístico"


1ª- Toda vez que vejo uma frase legal (e não precisar ser tão legal, pode ser só legalzinha) eu tenho que anotar, para posteriormente colocar no meu nick.
Mas elas sempre querem dizer alguma coisa, e às vezes são um recado a alguém, mesmo que esse alguém seja eu mesmo. (Pelo menos é nisso que eu quero acreditar)

2ª- Adoro ficar lendo as frases no nick dos outros, e me surpreender como tem pessoas criativas nesse mundo. E outras nem tanto...



Bom é isso ae, apesar de tudo não penso em cometer orkutcídio. Seria uma pena, pois adoro receber scraps, principalmente de quem eu não conheço! ;)


Me add ae!!!

sábado, 8 de setembro de 2007

Making of "Fala ó Zé"

ATENÇÃO!!! LEIA O “MAKING OF” ANTES DO CONTO POR SUA CONTA E RISCO!!! VOCÊ FOI AVISADO!!!



Com toda a certeza o conto mais sem sentido já publicado nesse blog!

A idéia do título surgiu da peça “Amor ao pêlo” de Artur Azevedo. Peça, a qual, estou ensaiando atualmente. Ela também influenciou na forma que escrevi esse conto.

A história, mais uma vez, foi criada enquanto era escrita.

Nesse conto, tentei usar um “jogo de palavras". É fácil notar a repetição excessiva e proposital de algumas. Creio que isso trouxe um certo “charme” e alguma identidade ao texto.

Outra coisa que eu achei interessante foi o fato do narrador interagir na história: "Ah Dona Glória..."

Tavez não haja uma história a ser contada. E sim um fato. Mas há uma idéia forte pro traz dela:

Devemos falar! Doa a quem doer (mesmo que esse “quem” seja você) temos que falar. E é isso que mostra a história do Zé Miranda.

Acho que essa idéia vem de uma musica que estou ouvindo muito ultimamente: “O Mérito o e o Monstro” do Teatro Mágico. (Se ainda não notaram, eu sou viciado nesses caras!)

A idéia, creio eu, veio principalmente desse trecho:

"Em cada gesto a gente tem que mostrar aquilo que a gente pensa, a nossa indignação da manera que for. Mas que ela seja bem vinda! Se não, isso se torna o Mérito e o Mostro.”


- Ó Zé não se cale!

Existem muitos “Zé’s” por ai. E pra esses “Zé’s” eu digo:

- Fala ó Zé!


Obrigado.

Fala ó Zé!

Zé Miranda era um feirante. Trabalhava segunda, quarta e nos finais de semana. Nos outros dias era zelado de um velho armazém.

Trabalhava duro o Zé.

Morava sozinho o Zé.

Não tinha parentes. Pois toda a sua família tinha fincado no Piauí, sua terra natal.

Seguia sempre a mesma rotina, o Zé.

Mas nas noite de sábado era diferente:

Zé ia à igreja!

Sim, enquanto todos se divertiam, o Zé ia rezar.

Gostava do silêncio. Gostava de ficar sozinho. Padre Gustavo abria a igreja só pra ele, e em troca, Zé limpava o santuário.

Mas o que pediria um homem que nem o Zé?

O que estaria faltando em sua vida?

Um milagre!

Zé queria falar.

Mas não queria falar com qualquer um. Isso ele já fazia.

Zé queria falar com Dona Glória.

Ah! Dona Glória. Exemplo de mulher! Roubou o coração do Zé.

Zé queria falar com o Deputado Romão.

Ah! Deputado Romão. Exemplo de deputado! Roubou o dinheiro do Zé.

Zé queria falar com o Dentista Heitor.

Ah! Dentista Heitor! Exemplo de dentista! Roubou o dente do Zé.

Zé, ajoelhado diante do altar, juntando toda a fé que acumulou por toda a sua vida, pediu.

Pediu.

Pediu mais uma vez. Pediu novamente.

Pediu a Deus que conseguisse falar.

E ouviu.

Ouviu. Ouviu de novo. Ouviu novamente. E ouviu mais uma vez:

- Fala ó Zé!

Correu, correu, correu e, por via das dúvidas, correu mais um pouco.

Chegou em casa, sentou-se, e ouviu outra vez:

- Fala ó Zé!

Correu, correu, correu e, por via das dúvidas, correu mais um pouco.

Estava ficando louco o Zé.

Mas afinal?

Seria Deus a tal voz?

Não sabia.

Seria o demônio a tal voz?

Não sabia e temia

Seria apenas a sua imaginação?

Previa.

Teria que falar?

Sim, teria que falar.

E falou.

Falou a Dona Glória.

Falou ao Deputado Romão.

Falou ao Dentista Heitor.

E enfim, falou para si mesmo:

- Fala ó Zé!


Fim

Making of "Menina dos olhos abandonada"

ATENÇÃO!!! LEIA O “MAKING OF” ANTES DO CONTO POR SUA CONTA E RISCO!!! VOCÊ FOI AVISADO!!!



Esse foi, sem dúvida, o conto mais brega que já surgiu nesse blog!!

Acho que isso reflete uma fase muito confusa da minha vida. Em todos os sentido, mas principalmente na parte sentimental.

Esse conto surgiu como todos os outros aqui presentes: primeiro penso no título e depois vou escrevendo a história.

No principio não tinha nenhuma intenção de criar uma história romântica. No primeiro momento, imaginei, pelo titulo mais um drama, se bem que não deixa de ser um drama, mas ele conta principalmente uma história de amor.

Achei interessante esse recurso de repetir o começo no final. Acho que deu um ar de “ciclo” muito legal.

No final (como sempre) não fazia idéia de qual seria o destino dos dois, por isso resolvi que não havia necessidade de um. Deixei em aberto, contudo, alguns podem entender que eles simplesmente se separam o que não está errado.

Os nomes dos protagonistas: Romeu e Julia, que não por acaso lembra “Romeu e Julieta” surgiu, do nada. Provavelmente do meu inconsciente. Contudo Romeu é o nome de um tio meu, e era nele que eu estava pensando quando nomeei o personagem.

Quanto ao titulo do conto vem de uma musica do Teatro Mágico (pra variar) “Folia no meu quarto”.

Imaginei como seria uma “menina dos olhos” (aquela filha mais querida de um pai) abandonada. Isso me fez querer conhecer sua história, e como não existia, tive que escrever...

No primeiro momento imaginei que ela seria uma garota de rua, ou algo do tipo, e não uma estudante apaixonada. Mas foi assim que ela surgiu.


Obrigado!


Próximo conto:

Fala ó Zé!

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Menina dos olhos abandonada

Júlia atravessou a rua correndo, não olhou para os lados, não se importava com quem vinha. Se fosse carro, moto ou caminhão.
Quase foi atropelada. Mas o motorista conseguiu frear a tempo.

Não se importava com mais nada. Tudo tinha acabado. Romeu gostava de outra.

Tudo o que tinham passado, tudo o que viveram... Estava tudo terminado. Queria sumir, queria morrer. Tinha raiva, muita raiva. Desejou que ele morresse.

Arrependeu-se.

Nunca tinha sentido tamanha dor. Lembrava como tudo começou.

Eles faziam aula de grafite juntos.
Logo ela começou a notar que ele brincava de um jeito diferente com ela, que aproveitava cada desculpa idiota pra abraçá-la. Que falava coisas sobre segredos, perguntava coisas que ela não sabia responder.
Para Júlia aquilo era apenas o inicio de uma grande amizade, não que não passasse pela sua cabeça que Romeu estivesse interessado, mas evitava pensar nisso. Já tinha sofrido num passado recente e não queria que isso acontecesse de novo. Tinha decidido que nunca mais se entregaria a sentimento nenhum. Que nunca mais se apaixonaria.
Porém ela bem sabia que "nunca" é muito tempo. "Nunca" é tempo demais.

No começo a amizade era o tempero desse casal. Pelo menos era o que Júlia pensava. Adorava passar seus dias com Romeu. Adorava o jeito que ele a fazia sorrir. Adorava ajudá-lo, mesmo que fosse dando conselhos amorosos, ou abrançando pra aquece-lo no frio.

Começou a notar que queria ficar à seu lado mais do que de seus outros amigos. E sentia que isso era recíproco.

Parece que Romeu também notou isso.

Foi numa tarde de inverno, no parque. Estava frio e ventava muito. Ele a abraçou. Ficaram lá os dois, no calor daquele abraço. Em silêncio. Romeu tentou beijá-la, ela suavemente afastou a cabeça. Ele ficou desapontado. Logo depois ficou surpreso: Júlia o beijou.

Poucos encontros depois, eles já estavam namorando.

Ia tudo muito bem até ela notar que Romeu estava diferente. Na verdade desde que começou o curso avançado de grafite; curso o qual Júlia não pode continuar, pois estava trabalhando nesse horário; notou que ele tinha mudado.

Estava distante. Não a abraçava, nem a beijava do mesmo modo. Até começou a se vestir diferente. Não mais o reconhecia.

Quando estava no trabalho, na hora do almoço, enquanto mexia no celular, percebeu que Romeu tinha lhe enviado uma mensagem. Nela ele dizia que precisava ter uma conversa séria.
Não conseguiu mais trabalhar depois disso.

Ao chegar em casa e encontrá-lo, não resistiu: Abraço-o e começou a chorar.

Romeu também sofria. Foi difícil, mas ele sabia que devia isso a ela.

- Estou apaixonado. Eu não queria. Ela não queria. Aconteceu.

Afastou-se de Júlia e saiu.

Júlia ficou chorando no chão. Depois leventou-se e, saiu correndo atrás dele.

Atravessou a rua correndo, não olhou para os lados, não se importava com quem vinha. Se fosse carro, moto ou caminhão. Quase foi atropelada. Mas o motorista conseguiu frear a tempo.

Conseguiu alcançar Romeu. Gritou seu nome. Ele parou, e virou.

Júlia ficou olhando. Era como se tentasse traduzir em palavras o que estava sentindo.

Não conseguiu.

Romeu continuou andando.

Júlia continuou calada.


FIM


Em breve!

Making of "Menina dos olhos abandonada"
Os bastidores da história mais brega que já surgiu neste blog!

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Quando ando, não sinto meus pés no chão, pode ser que seja por causa da bebida, mas pode ser que seja por causa da exaustão... Provavelmente os dois.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Making of " Adeus mundo cruel!" e "Cuidar do planeta? Eu não."

Esses dois texto eu encontrei em uma velha agenda minha. Nem são tão antigos: abril de 2006.

Nessa época, ao que parece, eu não estava muito bem e, isso está refletido nesses textos.
São dois textos pesados, cheios de ironias, e impregnados de humor negro. Não que eu não seja assim, mas na época parece que exagerei na dose.

Mas gostei deles!

Nem lembrava de te-los escrito. Foi um achado!
Então resolvi transcreve-los aqui, do jeito que eu escrevi na época. Tomei o cuidado de não mudar nada, apenas corrigi alguns erros de português.
Eu podia até melhora-los, mas acho que eles transmitem uma fase da minha vida. Não seria justo modifica-los.

ps.: sim, "Adeus mundo cruel!" é uma carta suicida.

Espero que apreciem! Mas apreciem com moderação!


Obs.: publiquei um outro texto dessa época no meu fotolog. Não coloquei aqui, pois achei muito pessoal.

E logo mais eu concluo "A fartura da futura fortuna de felipe". Desculpem a demora.

Obrigado!

Cuidar do planeta? Eu não.

Do jeito que o mundo está, eu não duvido que ele acabe logo, logo.

Algumas pessoas são pessimistas, outras, realistas. De um jeito ou de outro, o mundo vai acabar.
Na opinião desta caneta que vos escreve: Já começou!

Antigamente, falar sobre ecologia era coisa de "hippies" ou ecologistas. Hoje, as coisas não mudaram muito, já o planeta... Quanta diferença!

Nadar no rio? Eu não nado, e você?
Praticar exercícios em algum lugar com ar puro e muito verde? Nem nos parques.

"Que mundo deixaremos para os nossos filhos?" - Não é essa a pergunta que todos fazemos?
E quanto a nossos netos? O que dizer dos bisnetos?

Calma! Calma! Calma! Não precisamos no preocupar, pois dificilmente eles sobreviverão.

Imagine a seguinte cena: Uma mãe está dando a luz. A pobre criança nasce chorando (até ai, nada de anormal), porém os pequenos e frágeis pulmões não resistem ao ar altamente tóxico que há naquela maternidade e, a criança morre.

Vamos comemorar!! Graças ao nossos esforços, no futuro, as pobres crianças não terão asma, nem nenhuma doença relacionada com a poluição!!

Crianças?
Elas não existirão.


Adeus mundo cruel!

As coisas que eu não vejo podem me ferir?

Tomas, o jornalista. É assim que sou conhecido no meu prédio.
Cheguei muitas vezes a chorar. Algumas em vão.
A cada menino morto na região da Palestina, cada menina estuprada por soldados americanos... Eu chorava.
Não por essas crianças, mas por mim. Por ter que viver em um mundo como esse. Por meu filho Lucas, de três anos. Por minha sobrinha, de oito anos. Choro até pela minha, ainda tão amada, ex-mulher.

Talvez o mundo esteja mesmo acabando.
Não sei quanto a vocês, que ficam. Mas eu não vou esperar! Como dizem todos que estão partindo: "Adeus mundo cruel!"

As coisas que eu não vejo podem me ferir.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

A Fartura da Futura Fortuna de Felipe

Felipe adorava carrinhos. Tinha vários deles em sua estante. Cada um deles significava algo especial em sua vida. Três deles foram dados por seu avô.

Seu Fernando não tinha muitos netos, apenas dois. Um morava em Roma, na Itália. Era filho de seu primogénito, que não por acaso era seu filho preferido.
O outro morava na cidade maravilhosa do Rio de Janeiro, na Barra. Era filho de um fruto proibido. Esse fruto proibido era Fábio, pai de Felipe.

Felipe passava a maior parte dos seus dias na casa de sua tia por parte de mãe. Não que ela gostasse muito do sobrinho. Era paga para cuidar dele.

A única pessoa que Felipe tinha era seu pai. Sua mãe morreu quando ainda era pequeno. Consegui lembrar do seu rosto, graças as fotos, mas não de sua voz. As vezes ouvia ela contando para ele em seus sonhos, mas já não sabia se era realmente a voz dela, ou se era apenas fruto de sua imaginação.

Fernando estava muito doente. Passava a maior parte do seus dias em uma cama. Sabia que estava morrendo, queria se redimir dos seus pecados. Mas eram tantos...
Lembrava da pomba que matou quando tinha 8 anos. Lembrava da menina que traiu em sua adolecência. Lembrava do seu filho Fábio, que nem ao menos sabia se estava vivo ou morto.

Já que não podia consertar todos esses erros, tentaria consertar pelo menos os mais recentes. Queria saber noticias do seu filho. O que foi feito dele. Se tinha casado. Se tinha filhos. Mas seria uma boa idéia? Provavelmente ele o odiava.

Contratou um detetive particular.

Felipe queria falar com seu pai, queria contar sobre a peça da escola da qual iria participar. Seria um cavaleiro real!! Estava todo empolgado e queria que seu pai o ajudasse a fazer sua armadura de papelão.

Fábio trabalhava em outra cidade, só vinha visitar o filho uma vez por mês. As vezes menos. Mas já fazia quase quatro meses que ele não aparecia, nem telefonava. Felipe estava preocupado.

continua...

segunda-feira, 25 de junho de 2007

O que falta eu descobrir???

Era 1999 quando eu ganhei meu primeiro computador, e consequentemente comecei a acessar a Internet. Agora, depois dessa introdução, vem a minha mega boga descoberta:

Sempre que você vai mandar um e-mail para alguém, aparece: mailto:fulanodetal@seila.com.br. Pois é, só hoje que eu entendi que isso quer dizer "mail to" (algo como "mensagem para"). Acontece que até hoje eu sempre me perguntei quem era esse tal de Máiltu...

...nada a declarar...

sexta-feira, 22 de junho de 2007

O meu grupo de teatro!!!

Assim como esse blog, preciso falar de algo também muito especial para mim: O meu grupo de teatro!!!

Galera: EU AMO VOCÊS!!! Foram os melhores meses da minha vida!!! Quero que a gente NUNCA se separe, mas se acontecer saibam que vocês são, foram e sempre serão muito importantes para mim. NUNCA vou esquecer de vocês!! Obrigado a nossa professora SIDI!! Você é simplesmente demais!!!

Quero agradecer a todo o elenco: Fernando, Bruna, Jenifer, Ailyn, Lorena, Aline, Kenia, Jéssica, Juliane, Cleyton, Roger, Débora, Rodrigo, João, Camila, Michelle e eu.

Obrigado por acreditarem na minha peça, que no final todos ajudaram a escrever!!!

ps.: tem uma foto no fim do blog!
fonte:
http://www.fotolog.com/mimi0109/35301775

Que a nossa estrela brilhe cada vez mais forte!!!

Amo vocês!!!

terça-feira, 19 de junho de 2007

O próximo conto

Não perca!!! O próximo conto será:

"A Fartura da Futura Fortuna de Felipe"


e em breve:
"O tempo não pára, mas o relógio atrasa"

Os títulos eu já tenho, as estórias não.

Sites, blogs e fotologs - segundo o meu gosto duvidoso

Isso mesmo! Coloquei sites, blogs e fotologs. Alguns coloquei porque eu gosto, outro porque são de amigos ...rsrs. Pena que não deu para colocar na lateral.

Estão lá embaixo, no fim do blog.

Confira!!!

Making of - "Capitão capture essa menina!"

ATENCÃO!!! SE AINDA NÃO LEU O CONTO... LEIA POR SUA CONTA E RISCO!!!

Primeiramente, vamos ao título: Ele foi tirado da música "Uma parte que não tinha" do Teatro Mágico.
Ainda sobre o título, quando decidir que esse seria o título da minha próxima estória, tinha em mente fazer algo alegre e divertido, pois sempre fora isso que a música me fez sentir. Aconteceu o contrário. Foi um dos contos mais pesado e melancólico que já escrevi.

Fiz a mesma coisa que com"Pais, filhos e peixes": Primeiro pensei no nome e a estória foi surgindo enquanto escrevia. Isso afeta consideravelmente a qualidade do texto, mas te permite experimentar um "falta de controle" sob o que escreve, muito interessante.
Tentei faz algo que considero ousado, e que provavelmente pode ter deixado o texto um pouco confuso: Não sei se ficou claro, mas a estória é contada em dois dias. No primeiro Nina está viva e o outro é o dia posterior, onde ela já está morta. Um dia vai alternando com o outro.

O ruim de bolar o nome do conto antes, é que dificulta a "justificativa do título". No final fica bem claro que eu não sabia bem como justifica-lo.
Aliás, o final ficou totalmente em aberto. Porque o padre mandou o capitão capturar a menina antes de sua morte? Para onde o capitão foi depois que leu a carta? A Nina que apareceu para o capitão era um fantasma ou fruto da sua imaginação? Nem eu sei. Achei melhor deixar em aberto, mas acho que expliquei o grande mistério do conto: O que Nina fez de tão grave?

Foi interessante revelar o que ia acontecer com Nina, já no começo da estória. Você não está nem na metade, e já sabe que no final ela vai morrer. E também quem a matou. Mas ela não se suicidou??? Perceba que do ponto de vista do capitão: ele a matou. Naquela parte estava contando o que passava em sua mente.

Adimito que há uma certa contradição entre o capitão do começo com o do restante do conto. Como ele estaria tão feliz no começo e depois tão atormentado com a morte de Nina? Isso foi causado por não ter planejado como seria a estória ante de começar a escreve-la. Mas faz parte da brincadeira.

Ah! Enquanto escrevia, imaginei que a estória se passava mais ou menos em 1876, mas resolvir não colocar data. Porque ai eu teria que escrever os diálogos com "termos" da época, coisa que ainda não sou capaz de fazer. Ainda...

O nome do Capitão foi tirado do romance "Fogo Morto", de Jóse Lins do Rego; que estou lendo no momento (estou lendo desde o ano passado...rsrs).
Já o nome da menina, pensei em Maria, mas seria muito óbivio, então escolhi "Nina", um apelido para "menina", já que ela nem ao menos tinha um nome.

Ultimamente, estou tentando escrever sobre pessoas de idades diferente, tanto entre elas quanto da minha. Não acho que seria um desafio escrever sobre um cara de 22 anos.
Estou encantado por duas fases da vida: a adolescência, principalmente o começo dela, e a velhice.
Como eu poderia escrever sobre uma menina de 16 anos, ou sobre um pai de família??? Que vivência eu tenho pra isso??? Nenhuma. Tá ai um ótimo desafio.

Também achei interessante, não descrever os personagens logo no início. Nina é descrita ao longo do conto e o capitão, eu preferir descrever o seu comportamento, as mudanças de humor e, não sua aparencia. Nem a idade dele é revelada, mas ficamos sabendo que tem esposa e filhos.

Ah! E as cidades da Paraíba, existem mesmo viu, não fui eu que inventei... rsrs. Pesquisei no "Wikipédia".

Obs.: como eu posso esperar que alguém leia este conto, se ele ficou tão grande que nem eu, ao terminar, estava com coragem de ler! rsrs

Obrigado a todos!!! (sim, vocês são muitos!!! ....até parece.... rsrs)

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Capitão capture essa menina!

Capitão Vitorino Carneiro da Cunha. Era assim que ele se apresentava. Fazia questão que mesmo os seus filhos dissessem seu nome completo quando eram perguntados. Não tinha receios. Desde que se tornou capitão, sabia que tinha que mostrar aos seus homens que era um sujeito de fibra.
Foi na Paraíba que se criou, e lá sonhava em morrer, não como os outros, desejava uma morte honrosa. Para que todos lembrassem do seu nome. Seria imortal.

Na ensolarada Paraíba, mas especificamente, na cidade de Cabedelo, também vivia uma menina. Seu nome ninguém sabia, todos a chamavam de "menina", logo ficou conhecida como Nina. Ninguém sabia de onde ela tinha surgido. Fora abandonada com 2 anos de idade.

Era um lindo verão em Cabedelo, Nina suava. Não só pelo calor, mas porque estava correndo há algumas horas. Parava somente para tomar fôlego. Não podia parar, tinha que chegar ao seu destino o quanto antes.
Estava correndo contra o tempo. Estava fugindo. Fugindo dele. Fugindo do Capitão Vitorino Carneiro da Cunha.

O Capitão comia apressado para um novo dia de trabalho. Estava feliz, pois fora condecorado no dia anterior. Era a sua quinta condecoração. Mas essa era diferente. Era a mais importante. Capturou uma pessoa perigosíssima. Capturou Nina.

Ao chegar ao seu quartel, recebeu efusivos abraços. Todos o cumprimentavam pelo seu grande feito. Vitorino enchia o peito ao ver seu nome em uma medalha dourada, que reluzia mais do que o próprio ouro. Era o dia mais feliz de sua vida.

Nina tentava se achar pelo sol. Não conseguia. Agora, além de está sendo caçada, não sabia mais em que direção fugir. Tentou se guiar pelo vento. Que vento? Não sentia o vento.
Seus pés doíam. Sua cabeça começou a girar. E de repente, tudo ficou escuro. Apagou.

Capitão Vitorino, ao chegar em casa tarde da noite, fez questão de mostrar a medalha à sua família. Todos estavam orgulhosos dele. Vitorino não conseguia lembrar de um dia tão feliz.
Mas durante o banho, um rosto surgiu em sua mente. Era o rosto de Nina. Aquele mesmo rosto angelical em que ele cuspiu. Aqueles olhos castanho-mel em que ele vira a mais profunda ira.

- Nina... - sussurrou.

Sim, agora lembrara. Não que tivesse esquecido, nunca esqueceria. Mas tentou esquecer, tentou esquecer que Nina um dia existiu.
Afinal: Nina estava morta.

Nina acordara. Estava em cima de um burro. Não reconhecia a paisagem. Ainda estaria em Cabedelo, a cidade em que foi criada? Era o que se perguntava.

Ao olhar melhor, percebeu que um homem puxava o burro.

- Quem é você? - perguntou, ainda atordoada.

- Capitão Vitorino Carneiro da Cunha.

- Eu conheço o senhor, capitão?

O Capitão permanecia calado. Os cabelos ruivos e cacheados de Nina estavam enganchando na corda com a qual ele puxava o burro. O capitão, calmamente parou o animal e os arrumou.

Vitorino depois do banho. Foi se deitar. Sua mulher o acariciava, mas ele não correspondia. Seu pensamento não mudara: Nina.

A menina aproveitou que o burro parou, desferiu um golpe no capitão e saiu correndo. Correu. Correu mais que podia. Corria desde os cinco anos. Estava com 16. Correu. Mas não o suficiente.

Vitorino ria alto, puxando-a pelos cabelos. Sua risada parecia, a risada do próprio demónio. Mas era o nome de Deus que saia de sua boca.

- Menina imunda! Na casa de meu pai você não entra! Deus não recebe pessoas que fizeram o que você fez.

Nina tentava não gritar, mas a dor que estava sentindo era mais forte. O Capitão puxava com tamanha força, que sentia que iria perder os cabelos ali mesmo, sem ao menos lutar.
Então lutou. Em vão. Ele era mais forte.

Vitorino não conseguia dormir. Levantou-se e foi em direção à cozinha. Não conseguiu chegar. Ficou parado, petrificado. A sala estava escura, mas saia um luz amarela da cozinha.
Nina estava lá. Sentada em cima da mesa, olhando para ele. Ela estava mais linda do que nunca: Seu cabelo brilhava, sua pele estava corada como o Capitão nunca tinha visto.
Vitorino, calmamente voltou para o quarto, entrou debaixo dos lençóis e tentou dormir.
Sabia que não podia ser ela. Nina estava morta. Ele a matou.

Depois de arrastada a menina não mais chorou. Vitorino a prendera em baixo de uma árvore. O sol batia forte em seu rosto. Vitorino começou a rir ao mesmo tempo em que escovava seus cabelos.
Nina tentou morder sua mão, mas não conseguiu. Conseguiu sim, uma vermelhidão do lado esquerdo do rosto.

Algumas horas depois, Vitorino voltou com a comida para sua prisioneira. Era uma tigela de banana amassada. Nina conseguiu derramá-la. Quando o capitão tentou dar-ler o que tinha sobrado na tigela, ela cuspiu em seu rosto. Ele cuspiu de volta.

A noite já estava caindo e a prisioneira permanecia amarrada. Vitorino estava sentado em sua frente. Os dois estavam se encarando há horas.

O que Nina tinha feito era algo imperdoável. Pelo menos, era isso que pensava o capitão.

- Por que, menina? Porque matou o padre Olavo? - indagou.

- Ele tentou me possuir. Tive que mata-lo.

Uma ira incontrolável tomou conta de Vitorino. Desamarrou Nina e, com força, a arrastou.

Estavam ali os dois, filhos da Paraíba. Não havia nenhum sinal de vida por perto. Só a vida dos dois.

Era um precipício. A menina já não esboçava nenhuma reação. Vitorino quis joga-la. Não jogou.

- Aonde pretendia ir, menina? - indagou

- Para a casa de minha tia, em Guarabira. - respondeu em tom calmo.

O capitão virou-se e, lentamente foi se afastando de Nina. Ela permanecia imóvel.

- Vá para casa de sua tia, então. E não pense em voltar a esta cidade. Padre Olavo era muito querido por todos. Nós crescemos juntos. Ele era meu melhor amigo! E você o matou!

Teve raiva novamente. Quis ataca-la. Não atacou.

- Vá para casa dos seus, menina. E que Deus tenha piedade de sua alma.

Nina continuava imóvel.

- Deus me quer junto dele agora. - Disse em um tom mais calmo que antes.

- Não seja burra! Suicídio é o pior dos pecado!!! - Gritou o capitão.

- Pecado seria continuar vivendo nesse mundo... - disse a menina

Nina não completou a frase. Jogou-se. O capitão tentou segura-la. Em vão.

Vitorino voltou à cozinha. Não havia mais ninguém lá. Nenhuma luz amarela, nenhuma menina. Mas algo estava sobre a mesa. Era uma carta do seu amigo padre, o padre Olavo, assassinado por Nina. No envelope estava uma data: o dia anterior a sua morte.
Abriu o envelope com cautela. Leu a carta. Colocou de volta em cima da mesa. Foi ao quarto, se vestiu e saiu. Ao bater a porta, tentou lembrar o que exatamente estava escrito, era difícil de acredita. Não tinha dúvidas, a carta era aquilo mesmo: Um papel amarelo, no cento uma foto de Nina e logo em baixo estava escrito:

"Capitão capture essa menina!"


FIM

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Making of - "Pais, filhos e peixes"

Foi muito interessante o jeito que esse conto nasceu. Não tinha nenhuma estória em mente. Criei o título e, a partir dele fui escrevendo.
A segunda parte foi mais complicada. Já tinha algumas ideias, mas ficou muito diferente do que pensei. Tentei, principalmente na segunda parte, intercalar a estória entre os personagens principais, ou seja, o pai, o filho e o peixe.

A história em si eu gostei, até porque foi um exercício interessante começar a escrever sem ter nenhuma idéia do que ia contar.
A segunda parte eu não gostei muito. Acho que poderia ter ficado melhor, mas ficar mexendo no que escrevo não é o que desejo fazer nesse blog.
Ele sempre será um espaço para testes, erros e nova tentativas.

Obrigado a todos meus amigos que tiveram a "moral" de passar por aqui. Acho que ninguém leu esse conto. Eu também não iria ler, gastaria meu tempo lendo alguém que sabe o que está escrevendo. ^_^

Não Perca!!! O próximo conto será:


"Capitão capture essa menina!"

O título eu já tenho, a estória não.

Pais, filhos e peixes - 2ª e última parte

Gabriel quis perguntar quanto custava o peixe mais barato, mas para que? Mal tinha conseguido jantar na última noite. Sabia que não teria dinheiro para comprar o presente.

Valdemar sabia, pelo olhar daquele homem que ele não compraria nada muito caro e como estava pra fechar a loja, tratou logo de despacha-lo.

- Senhor, sinto muito, mas tenho que fechar a loja. O senhor deseja alguma coisa???

- Não... Só estava olhando os peixinhos... - Sua voz parecia a de uma criança que sabe que não vai ter festa no seu aniversário.

Faltava poucas horas e, Rubens só tinha uma preocupação:

- A Fernanda vem? - Perguntou a um amigo pelo telefone.

- !? Liga pra ela e pergunta..

Era o que queria fazer, mas ele não era bobo. No auge dos seus quase quinze anos, sabia que não poderia ligar jamais. Tudo fazia parte do "joguinho amoroso". E ele sabia jogar.

Enquanto Valdemar apagava as luzes e fechava a loja, Calvin provavelmente questionava-se o porque daquela escuridão repentina. Provavelmente, pois ele nasceu peixe.

Sem-nome ficaria cuidando da loja.

Sete e meia do noite de sábado. Um homem rondava o "pet shop". Seu nome era Gabriel Reis, 42 anos, desempregado e com fome. Sua mais nova profissão: Assaltante.

Não queria muito dinheiro, apenas queria um peixe para dar ao seu filho. O resto seria usado para alguns itens de máxima prioridade: cigarros e um bom whisky.

Depois de 20 minutos rondando a loja percebeu duas coisas: a primeira que tinha uma porta nos fundos e a segunda, pelos rosnados, estava muito bem guardada.

O mais novo assaltante do bairro, elaborou um audacioso plano: atrair o cachorro para a frente da loja e entrar pelos fundo. Um belo plano.

Dito e feito. Atraiu sem nome para a entrada e adentrou a local. Com muita cautela jogou um pedaço de bife para Sem-nome. Era o seu jantar, mas não importava mais. Teria um presente para seu filho e uns trocados para comer enquanto não arrumava emprego.

O pastor-alemão saboreava a primeira refeição da semana. Valdemar sempre alimentou muito bem seu cão, mas há duas semanas um amigo lhe disse que isto não estava certo. Cachorro bem alimentado não serve para guarda. Quanto mais fome, mais bravo ele ficaria e, pegaria qualquer sujeito que fizesse o que Gabriel estava fazendo.

Os amigos de Rubens começam a chegar. Com convidados, a festa já pode começar.

Calvin não fecha os olhos para dormir. Ele nasceu peixe.

Gabriel, depois de pegar o dinheiro. Um montante maior do que esperava. Estava na hora de pegar o peixe. Não há dúvida: Para que tudo que você leu aqui faça um mínimo de sentido, ele escolheu Calvin.

Ouve um barulho. Não vê nada.

Meio segundo, para se virar. Tempo demais.

A dor da mordida é muito forte. Sabe que não deve gritar. -

- O bife parecia tão grande... - pensou.

Gritou.

Calvin e mais 20 peixes caíram no chão.

Rubens está preste a cortar seu bolo. Sua mãe, como todo ano, diz que ele deve fazer um pedido.
Ele pensa, por um segundo no pai. Já fazia tempo que não o via.

- Queria ver meu pai hoje. - foi o que pensou em pedir.

De repente seus olho encontram quem ele tanto desejava. Tinha acabado de chega.

- Quero que ela goste de mim, como eu gosto dela. - foi o que pediu.

O assaltante foi preso. O cachorro seria recompensado.

Calvin até tentou respirar, foi em vão. Ele nasceu peixe.


FIM

Engraçado...

Engraçado. Não quero de jeito nenhum que esse blog vire um diário sobre a minha vida, mas vou fazer uma excessão (que provavelmente não será a última).

Quando criei esse blog (tipo ontem), não estava preocupado se ninguém visse. Está lá no primeiro post, mas apesar disso fico toda hora olhando se alguém cometou algo.

O ser humano é engraçado, parece que sempre estamos buscando aprovassão, sempre esperando que nós aprovem para seguir em frente.

Não vou fazer mais isso! Afinal esse blog é um manifestação egoísta.

Faço um juramento de só escrever coisas desse tipo quando não aguentar guarda-las para mim.


em breve:

  • O desfeicho de Pais, filhos e peixes.
  • Capitão capture essa menina.
  • e muito mais!

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Pais, filhos e peixes.

Gabriel não sabia o que dar ao filho na data do seu aniversário. Estava desempregado há 4 meses. Fora despedido de seu último emprego por justa causa: assediou uma colega de trabalho.

O que dar para um garoto de 14 anos que já tem de tudo? Rubens, seu filho, já tinha tudo que alguém podia querer: carinho, afeto, respeito, uma mãe amorosa, um padrasto compreensivo e que tinha plenas condições de comprar um bom presente para seu enteado.

A primeira coisa que passou pela sua cabeça foi um peixe. Mas seria um bom presente? Gabriel sempre admirou o grande aquário que enfeitava a sala principal de sua falecida tia. Tia Lurdes limpava o aquário toda a semana.

- Na sujeira, ninguém pode ser feliz - era o que dizia para todo mundo.

Fazem quatro meses que Gabriel concorda com ela. Sua casa exala um cheiro de podre que dobra o quarteirão. Ele nem ao menos sabe da onde vem o cheiro. Pode ser da roupa que não é lavada a várias semanas, ou da pia cheia de pratos esperando uma boa esponja de aço que lhes faça justiça, ou ainda do banheiro que ele não dar descarga há exatas três semanas, quando sua água foi cortada.

Ele não gostava de como estava a sua vida. Tinha certeza que seria apenas uma fase. Uma fase um tanto longa, admitia.

Enquanto seu pai tentava escolher o melhor presente, Rubens ria. Ria aquela risada dos 14 anos. Iria fazer 15. Esperou tanto tempo por isso. Sim, quinze anos. Quinze anos e já tinha dado o seu primeiro beijo.

O primeiro beijo de Rubens aconteceu a exatas 13 horas daquele dia. Foi com a Fernanda. Ela era 2 anos mais velha que ele. Foi um beijo roubado, mas bem roubado. No primeiro segundo sentiu um pouco de nojo, mas depois foi melhorando. Melhorando cada vez mais. Quis testa-la: enquanto se beijavam, afastava lentamente a cabeça, só para ver se Fernanda seguia. E ela assim fazia.

Feliz e a poucas horas do seu "níver", Rubens nem sabia da existência de Calvin.

Mas quem era Calvin?

Calvin era um lindo peixe prateado que descansava em seu imenso aquário. Nunca conhecera o mar. Tão pouco sabia o que era. Mas sentia que existia um lugar maior do que aquele em que se encontrava. Um lugar que poderia gozar da verdadeira liberdade.

Calvin não sabia o significado da palavra liberdade. Ele nasceu peixe.

Valdemar era o dono de uma loja de animais. Foi ele que batizou o lindo peixinho prateado acima apresentado. Batizava todos o peixes. Curiosamente, tinha um Pastor-alemão chamado: Sem-nome.

Valdemar tinha sentido pena de pouca gente nesses 49 anos de existência. Sentiu pena de Gabriel. Aquele sujeito baixo, de cabelo amarelado, pele também amarelada, só podia estar doente, ou pior: desempregado.


continua....

A razão de existir.

Bom, vamos as justificativas: Esse blog não tem o intuito de ser visto por muitas pessoas. Ele será apenas divulgado no meu orkut, msn e no máximo para os meus amigos mais intímos.

Ainda não sei muito bem qual será seu conteúdo, penso em contar os mais diversos contos através dele. Aproveito e melhoro o meu português e a minha digitação.

Nem sei o porque de tantas justificativas, se a única pessoa a quem esse blog vai interressar, provavelmente serei eu.

Aviso: Cuidado! Esse blog é uma manisfestação totalmente egoísta de seu idealizador. Não seremos responsabilizados por nenhum dano causado pelo mesmo.

Obrigado a quem estiver lendo.