segunda-feira, 29 de setembro de 2008

O acaso compassado

Eu gosto mesmo é de rock sujo
Tamanho desmedido pelo que não é real
Tamanha indecisão
Perdeu-se no ato desse acaso compassado
Um tanto quanto desinibido
Pensando mais de cinco vezes antes de desistir
Sei que abstração nenhuma vai resolver o dilema incipiente
Nesses casos, há de se levar em conta a equação da vida que não perdoa.
Pune-nos.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A Inteligência Crítica

Seu nome é Maria
De repente meu dia começa
Viciado nessa menina
De tal modo sei que não tem cura

Seu choro

Seu cheiro
Seu respirar
Sua diferença
Se eu respirar...

Me entrego a um desejo sublime

Um certo ar de sofisticação
A inteligência crítica
Pequena como a palavra
Grande como a emoção
Beleza admirada
Seus olhos...

Me encontro apaixonado pela Gênia


Um certo grau de introspecção

Genialidade implícita
Seus raros momentos tristes...
Eles existem
Sua alegria constante
Calor humano acima do normal
Uma bondade exacerbada

Quanto à liberdade?

Uma freqüente luta por si
Uma mulher fascinante
E egoísta que sou:
Quero ela pra mim.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Eu fiquei só e ninguém viu

Quantas coisas posso pensar num único momento?
Quantos raciocínios simultâneos em um instante?

De repente, telas coloridas
Feixes de luz
Algarismos, talvez romanos
Quem sabe de algo assim?

Mesmo que você não possa ouvir
Ela está aqui
Minha voz
Perpetua-se

Eu também não entendo o sentido das coisas mundanas

Parnasianismo inusitado
Tantas coisas a fazer
Meus dedos tocam o nada
Permaneço em silêncio
Eu estava só e ninguém viu

Me pergunto onde está
Se algo vai me salvar

O último lugar onde te procuraria...
Aqui
Sinto o frio do seu mundo
Um lugar para ficar

A arte das palavras...
Quebre o silêncio!
Feche seus olhos enquanto falo
E só abra quando puder imaginar

Um certo som é tudo que ouço
O céu escuro aponta para o caos
A neblina tão evasiva que me atrai

O velho machucado
Coisas impossíveis caminham sozinhas

Arte sem nada
Tudo a criar
Conjuntos vazios
Resoluções corrompidas

Tentando encontrar
Você aqui!

Sim, esperava algo mais simples

A única coisa que percebo é a intensidade
Traduzida em calmaria

Esse é o meu jeito
De te lembrar quem sou
Quanto mais eu lembro
Mais tenho certeza
Não quero que se perca de mim

Padeço da esperança suprimida

Será que é pintura?
Será que é loucura?

Dá prosa ao vento
A esperança que espera a paz
Inteligencia equivocada
Ensina a me esquivar

Gostaria de um fim...
Aqui está.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Títulos dos próximos contos!

- "Apesar de você, Chico"

- "A amiúde iniqüidade lancinante do asco por ti"

- "O ser vil que serviu"

(não necessariamente nessa ordem)

EM BREVE!

(ou não tão breve... )

Dica:

É só ir ali ao lado em "Encontre-me" clicar em "Contos" e você encontrará todos os contos deste blog, seu prato principal.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Quando a menina passa

Tudo muda. Gabriela. Seu nome majestoso acompanha um andar peculiar e divertido de menina. Coisas como preocupações, neuras e gasturas se vão, quando ela passa. O vento ao seu favor. Tudo muda.

Cheirosa como a flor do monte limado. Ela passa. Sinto que não sou o mesmo.

Gabriela, eu te amo! Sem mais e, sem menos. Assim, assim de repente, me descubro apaixonado pela menina.

Se tivesse alguma dúvida, talvez pudesse reorganizar meus pensamentos. A certeza do amor chegou. É um sentimento estranho, um tanto (muito) brega. Eu diria se tratar de um sentimento desajustado, confuso e complicado como nenhum outro. Complexidade comparada somente ao ódio e a saudade, mas um pouco mais lisonjeiro. Demasiado bagunçado pelas suas sutilezas e peculiaridades. Coisa do “só amor” ou “amor só”. Somente o amar, poderia explicar tamanho reboliço.

Gabriela Panela. Remota infância. Catando seus morangos com uma caçarola gigantesca. Correndo dos cachorros e, rindo dos gatos assanhados que a perseguiam. Assim que eu me recordo dela.

Gabriela, meu amor! Pés descalços. Sorriso de criança. Bochechas coradas. Sem rumo. Sem destino. Sem nada. Voava-se. Corridas na vizinhança, esvoaçando seu vestido amarelo, seu cabelo despenteado. Tudo nela precisava ser arrumado. Coisa de menina.

As lantejoulas no trabalho de geografia, a pipa que tentava, em vão, fazer subir ao céu. Lembro-me.

A cor dos seus olhos. Esqueço-me.
Lembro do céu, do sol e, da chuva, mas não de seus olhos. Os olhos de Gabriela. Uma pena não lembrar de olhos tão lindos. Verdes, castanhos, azuis, negros... Seus olhos eram certamente belos. Essa é a certeza que me acompanha em meio à tantas imprecisões que me denúncia esta memória falha. Coisa de velho.

Gabriela se foi ainda criança. Teria se tornado uma bela mulher. Uma pena que se foi. Talvez pela pressa, talvez pela euforia descontrolada de seu corpo juvenil, não se conteve e foi-se sem ao menos um adeus. Foi-se para sempre. E deixou para traz apenas memórias em nossas mentes enferrujadas pelo tempo. Ato de pouca generosidade, certamente. Se foi pra nunca mais voltar.

A Gabriela dos olhos de canela.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Vamos lá! Aperte o “Play”!

Clique na imagem para ampliar

Vou viver do meu jeito.
Não importa o que será de mim.
Todos dirão que eu estou errado, que não é assim que as pessoas devem viver.
Mas chega disso tudo. Chega! Pra que tentar ser algo que eu não sou. Pra que tentar ser o amigo perfeito, se isso nem ao menos existe. Pra que tentar ser o amante perfeito, o filho perfeito, o cidadão modelo??? ISSO NÃO EXISTE!! Se existe eu não conheço...

É tão difícil ser "legal"...

As pessoas não podem ver ninguém triste. Isso é errado. A vida não é feita só de alegrias. Alias, são os momentos tristes, de sofrimento, que fazem dos momentos felizes algo tão vibrante e maravilho.

Não estou dizendo que todos devemos virar “emos” e cultuarmos a tristeza. Apenas que ela faz parte do mundo. Sempre fará. Então pra que fugir? Pra que fingir que estamos sempre felizes? A quem você está tentando convencer? Está tentando prova o que?

Não dizem que precisamos viver todas as fases da nossa vida com intensidade? Então vamos lá. Vivam e deixem viver.

Eu não consigo ver ninguém triste. E isso não se deve a nenhum sentimento ou caráter nobre. É apenas o meu egoísmo que não aceita ver ninguém triste perto de mim. Porque isso atrapalha a minha felicidade.

Mas afinal devemos ser nós mesmos? Ou será que devemos tentar melhorar os nossos pontos fracos? Eliminar-los talvez?
Devemos ir em busca da perfeição?

Ahauhauahuahua!!

Mas meus defeitos são tão sujos e tão lindos ao mesmo tempo... Odeio! Mas o que seria de mim sem eles? Não seria quem eu sou!
Seria “o cara”? ECA! Eu não quero ser “o cara”...

Quero ser apenas mais um. Apenas mais um tentando ser alguém. Alguém especial.

Viva, viva, viva e viva!!

Viva como se isso tudo fosse um sonho. Como se quando você acordar, estiver sozinho. Deitado em um colchão, em um beco escuro, nas ruas de uma cidade suja, onde aos olhos de todos, você é invisível, é intangível. E, por mais que grite, ninguém virá te salvar.
Mas apesar disso, você sonhou. Por isso agora você sabe...

Sabe que foi um sonho. O melhor sonho que o seu inconsciente já lhe presenteou.

Volte a sonhar! Fuja da realidade! De alguma forma, todos fogem.

Não deixe que os otimistas te confundam. Não dê muito crédito aos pessimistas. Nem ouça os sensatos.
Ouça o seu cérebro, ouça suas idéias loucas, ouça seus desejos, suas vontades, ouça o seu coração batendo. Ele bate no ritmo dos seus sonhos.

E sonhos é tudo o que você tem.

Então sonhe, viva, sofra e, seja feliz, mas não se esqueça de chorar.

Chore o quanto quiser, mas não se esqueça de sorrir.

E quando tudo estiver desmoronando, lembre-se de mim. O cara que fala um monte de merda no blog, o cara que não sabe como viver e, também o cara que vai está aqui. O cara que vai te ajudar, não porque ele é bom. Mas porque ele é assim. "Se acha”... (e além de "se achar"... ele fala na 3ª pessoa e isso assusta ele...) :P

Mas será que tudo isso é possível? E se for impossível? O que faremos?

Vamos tentar o impossível?

Vamos lá! Aperte o “Play”!


Originalmente escrito em
25/10/07