quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Eu fiquei só e ninguém viu

Quantas coisas posso pensar num único momento?
Quantos raciocínios simultâneos em um instante?

De repente, telas coloridas
Feixes de luz
Algarismos, talvez romanos
Quem sabe de algo assim?

Mesmo que você não possa ouvir
Ela está aqui
Minha voz
Perpetua-se

Eu também não entendo o sentido das coisas mundanas

Parnasianismo inusitado
Tantas coisas a fazer
Meus dedos tocam o nada
Permaneço em silêncio
Eu estava só e ninguém viu

Me pergunto onde está
Se algo vai me salvar

O último lugar onde te procuraria...
Aqui
Sinto o frio do seu mundo
Um lugar para ficar

A arte das palavras...
Quebre o silêncio!
Feche seus olhos enquanto falo
E só abra quando puder imaginar

Um certo som é tudo que ouço
O céu escuro aponta para o caos
A neblina tão evasiva que me atrai

O velho machucado
Coisas impossíveis caminham sozinhas

Arte sem nada
Tudo a criar
Conjuntos vazios
Resoluções corrompidas

Tentando encontrar
Você aqui!

Sim, esperava algo mais simples

A única coisa que percebo é a intensidade
Traduzida em calmaria

Esse é o meu jeito
De te lembrar quem sou
Quanto mais eu lembro
Mais tenho certeza
Não quero que se perca de mim

Padeço da esperança suprimida

Será que é pintura?
Será que é loucura?

Dá prosa ao vento
A esperança que espera a paz
Inteligencia equivocada
Ensina a me esquivar

Gostaria de um fim...
Aqui está.

Um comentário:

Rafael Arcanjo disse...

Na boa, nunca li algo tão perfeito, tão igual a realidade
Valeu precizava disso