sexta-feira, 6 de julho de 2007

Making of " Adeus mundo cruel!" e "Cuidar do planeta? Eu não."

Esses dois texto eu encontrei em uma velha agenda minha. Nem são tão antigos: abril de 2006.

Nessa época, ao que parece, eu não estava muito bem e, isso está refletido nesses textos.
São dois textos pesados, cheios de ironias, e impregnados de humor negro. Não que eu não seja assim, mas na época parece que exagerei na dose.

Mas gostei deles!

Nem lembrava de te-los escrito. Foi um achado!
Então resolvi transcreve-los aqui, do jeito que eu escrevi na época. Tomei o cuidado de não mudar nada, apenas corrigi alguns erros de português.
Eu podia até melhora-los, mas acho que eles transmitem uma fase da minha vida. Não seria justo modifica-los.

ps.: sim, "Adeus mundo cruel!" é uma carta suicida.

Espero que apreciem! Mas apreciem com moderação!


Obs.: publiquei um outro texto dessa época no meu fotolog. Não coloquei aqui, pois achei muito pessoal.

E logo mais eu concluo "A fartura da futura fortuna de felipe". Desculpem a demora.

Obrigado!

Cuidar do planeta? Eu não.

Do jeito que o mundo está, eu não duvido que ele acabe logo, logo.

Algumas pessoas são pessimistas, outras, realistas. De um jeito ou de outro, o mundo vai acabar.
Na opinião desta caneta que vos escreve: Já começou!

Antigamente, falar sobre ecologia era coisa de "hippies" ou ecologistas. Hoje, as coisas não mudaram muito, já o planeta... Quanta diferença!

Nadar no rio? Eu não nado, e você?
Praticar exercícios em algum lugar com ar puro e muito verde? Nem nos parques.

"Que mundo deixaremos para os nossos filhos?" - Não é essa a pergunta que todos fazemos?
E quanto a nossos netos? O que dizer dos bisnetos?

Calma! Calma! Calma! Não precisamos no preocupar, pois dificilmente eles sobreviverão.

Imagine a seguinte cena: Uma mãe está dando a luz. A pobre criança nasce chorando (até ai, nada de anormal), porém os pequenos e frágeis pulmões não resistem ao ar altamente tóxico que há naquela maternidade e, a criança morre.

Vamos comemorar!! Graças ao nossos esforços, no futuro, as pobres crianças não terão asma, nem nenhuma doença relacionada com a poluição!!

Crianças?
Elas não existirão.


Adeus mundo cruel!

As coisas que eu não vejo podem me ferir?

Tomas, o jornalista. É assim que sou conhecido no meu prédio.
Cheguei muitas vezes a chorar. Algumas em vão.
A cada menino morto na região da Palestina, cada menina estuprada por soldados americanos... Eu chorava.
Não por essas crianças, mas por mim. Por ter que viver em um mundo como esse. Por meu filho Lucas, de três anos. Por minha sobrinha, de oito anos. Choro até pela minha, ainda tão amada, ex-mulher.

Talvez o mundo esteja mesmo acabando.
Não sei quanto a vocês, que ficam. Mas eu não vou esperar! Como dizem todos que estão partindo: "Adeus mundo cruel!"

As coisas que eu não vejo podem me ferir.