sexta-feira, 6 de julho de 2007

Adeus mundo cruel!

As coisas que eu não vejo podem me ferir?

Tomas, o jornalista. É assim que sou conhecido no meu prédio.
Cheguei muitas vezes a chorar. Algumas em vão.
A cada menino morto na região da Palestina, cada menina estuprada por soldados americanos... Eu chorava.
Não por essas crianças, mas por mim. Por ter que viver em um mundo como esse. Por meu filho Lucas, de três anos. Por minha sobrinha, de oito anos. Choro até pela minha, ainda tão amada, ex-mulher.

Talvez o mundo esteja mesmo acabando.
Não sei quanto a vocês, que ficam. Mas eu não vou esperar! Como dizem todos que estão partindo: "Adeus mundo cruel!"

As coisas que eu não vejo podem me ferir.

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