domingo, 29 de junho de 2008

Sobre sonhos, vidas ou pessoas. Ou tudo isso junto


Não há uma combinação de palavras que eu possa fazer pra me expressar
Não como eu gostaria ou deveria
Assim como vemos num sonho
Pois eu sei que os sonhos só podem ser feitos de coisas reais
Coisas como um beijo estalado e meio que inesperado
Ou até um tapa bem estalado num rosto merecido
Esses sonhos podem trazer respostas
pra boa parte das perguntas que martelam nossos pensamentos
Assim como “Por que estamos aqui?”, “Pra onde vamos?”
ou ainda “Por que isso tem de ser tão difícil?”

Sonhos.
Esses não nos enganam
Por mais absurdo que sejam
Jamais mentem

A vida.
É. A vida pode mesmo nos enganar
E como saber se ela está contando a verdade?
Talvez, só se tenha uma resposta
se tiver alguém do seu lado pra te contar
Ou ao menos fazer com você esqueça
essa inquietante dúvida inevitável

Por isso é sempre melhor ter alguém por perto
Alguém junto
Mas junto mesmo! Mesmo que apenas em pensamento

Mas bom mesmo seria viver sonhando...
Sonhando não temos pudores e nem limites
Então, tudo se torna mais fácil!
Mas aí chega a hora de acordar
E voltar às nossas preocupações
com as milhares de coisas que temos a fazer
E escolher se daremos atenção a quem, talvez, precise de nós
Ou que combinação de roupas usar

Seria ótimo mesmo viver sem se preocupar com isso
Ou se amanhã estaremos aqui pra pensar nisso
E não é justo passar por isso sozinho
É bom sempre levar alguém junto
Seja pra divagar sobre teorias existenciais de Descartes
Ou pra ajudar a carregar as compras do mês

É sempre bom ter alguém por perto.

Bruno Farias


Foto by Bruno
Flick: http://flickr.com/everrocks

2 comentários:

Marô Zamaro disse...

A fuga da realidade é necessária.
A realidade, apesar de palpável, colorida, lúcida ainda não tem o poder do sonho.
O sonho une realidade e ficção, e por isso se torna não apenas colorido, mas brilhante, incandescente. Não apenas palpável, mas interior. A lucidez está no momento, e não na situação em que se encontra.

No sonhos fazemos o que queremos, e não o que nos é permitido.
Nos rendemos a um estado permanente e ao mesmo tempo, provisório de êxtase. Não há egos ou superegos que nos façam parar para pensar analiticamente no que estamos fazendo. Apenas...fazemos.
Uma realidade própria, desconhecida por outrém, egoísta.

Realmente, a vida poderia ser um sonho eterno. Se já não for, e nós estamos aqui a subestimando!


Bom texto, Bru :)
E boa foto, óbvio!

Unknown disse...

uaaau marô

por isso eu gosto de você, mesmo que eu esteja sonhando agora.

ok ok
arthur, não se sinta excluído!
também gosto de você, só um pouquinho.

valeu moço pelo post =D