quinta-feira, 26 de março de 2009

Vestuto Alento


Vênia à ti.

Vivo a vida na ilusão de que você possa ser mais importante que eu.
Por mim, sei que não deveria.
Você é.
Mas de que vale ser?

Seria algo leviano tentar escrever algo assim?

O tentar pode cansar.
O erro insiste em acontecer.
O tempo, ou a falta de, nos torna impossíveis.
Um para o outro apenas. Não para o mundo.

No início era um infinito, cheio de possibilidades.
Hoje parece que vai começar de novo.
O que não é mal ou ruim apenas impreciso.

Esperar?
Morreria por esperar.
Mas esperaria mesmo assim.

Faria de novo.
Faria diferente, porém não esqueceria as lições não aprendidas ainda.

Espera!

Mais tarde ainda será cedo para conversarmos.

A saudade não vai embora.
Você não fica. Fica.

Fica! Presta atenção...

Moça, por favor, cuida bem de mim.

Um comentário:

Marô Zamaro disse...

Cuido, pode deixar.

Posso não dedicar a totalidade do meu tempo para você, mas minha dedicação excede as barreiras do tempo, dos limites terrenos. Dedico a você cada noite de sono tranquilo ou de insônia - ambos provocados por você e sua mania de não sair da minha cabeça -, dedico a você cada momento em que distrações efêmeras não me perturbam - e sinto falta do que realmente importa -, dedico a você cada carência minha - que de fato, só seria satisfeita por você -, dedico a você todos os momentos ociosos, trabalhosos, engraçados, tristes ou solitários do dia, porque só você poderia compensá-los de qualquer forma.

O tempo é rápido, mas o instante é eterno.
E o pensamento não tem limites na alvenaria ou nos ponteiros dos relógios... E é nele que eu me apego quando a distância e o tempo insistem em nos separar.

Eu amo você.