terça-feira, 18 de agosto de 2009

nós. aos olhos dos outros

Seres humanos geralmente são cheios de manias, trejeito e peculiaridades únicas. O que, de modo geral, contribuem para o enriquecimento da nossa flora global. A essência de cada um não é fácil de ser compreendida.

Marcelo é um típico ser humano. Desses que não são notados na fila do cinema ou na primeira semana de qualquer coisa. Marcelo tem certamente diversas peculiaridades que só existem porque Marcelo é um ser diferente dos outros. O que nos leva a questão principal: Quantas pessoas realmente conhecem Marcelo?

Marcelo tem medo. Medo do que acharão, de não ser aceito. Medo de não se enquadrar. Medo de sempre se sentir excluído. Que relação Marcelo tem em relação ao todo? Quais sensações provoca nos outros? Quantas discussões, briga, guerras são evitadas por sua presença?

A intensidade do agir depende do preciso momento.

Muitos não entenderão. Sentirão medo, reservas, raiva do não compreendido. Então é chegada a hora da crucificação. Mas nem tudo é tão certo assim. A vida é ligeiramente mais complexa do que simples palavras.

Em uma realidade alternativa, Marcelo é respeitado, aprovado, santificado. Não conhece as pessoas. Não quer conhecer. Marcelo não perde seu tempo analisando. Não há tempo. A filtragem acontece já nas apresentações iniciais. Às vezes um simples olhar basta para conhecer alguém. A primeira impressão é a que vale, é a que fica.

Não fica mais sozinho. Contudo, entretanto, porém e - outros sinônimos - sente-se só. Já sentiu que deveria mudar, tentar se enquadrar. Quem sabe fazer um esforço, usar aquela roupa bacana - "bacana" é um termo muito usado por Marcelo -, ler livros grande com títulos inteligentes, ou então fazer graça. Essa última sempre funciona. Pena que Marcelo não foi agraciado com um humor sofisticado tão em voga nos dias de hoje.

Marcelo é anacrônico. Uma definição bastante precisa na sua própria opinião própria. Será tão própria assim? Própria mesmo? Própria dele ou própria deles?

A propósito: A propriedade de ser um ser aceito das diferentes formas choca-se de maneira violenta com a propriedade de ser um ser pensante. Uma manifestação de confiança exacerbada, dirão alguns.

Marcelo irrita as pessoas. Alguns o consideram calado e tímido; outros afirmam que além de falar pelos cotovelos, tem um ar exibicionista capaz de tirar qualquer um do sério.

Marcelo tenta agradar a todos. Sua definição de agradar é bem própria dele. Alguma coisa deveria ser, não?

Marcelo é um típico ser humano.

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