quinta-feira, 3 de abril de 2008

"Máscaras... Quem tem coragem de deixá-las cair?"


O tempo nos muda de uma forma misteriosa.

Sou diferente hoje daquele que fui ontem.
Passamos a vida inteira procurando descobrir quem somos. E provavelmente morreremos sem saber ao certo.
Somos o resultado de muitas variáveis, de muitas experiências. Mesmo pequenas coisas podem nos afetar de modo intenso e permanente.

No dia a dia somos obrigados a usar máscaras. Todos usam, mesmo os mais verdadeiros.
As máscaras precisam ser usadas devido ao atrito decorrente das relações humanas.
Usamos as mais diferentes em nosso cotidiano.
O outrora rapaz tímido, é agora o que mais brinca.
A garota insegura se torna a segurança em pessoa.
Aquele que é sensível usa uma máscara que o faz parecer o mais duro e insensível dos seres.
Tudo isso para esconder o que somos. Quem somos.

E no meio de tantas máscaras acabamos perdidos.
Afinal, onde acaba uma e onde começa a outra?

Quem somos de cara limpa?

Usamos máscaras até para nós mesmo.
Porque não nos permitimos ser quem somos.
Não aceitamos nossos defeitos, nossas mais terríveis falhas.

Descobrir quem sou. Meus motivos, o que me deixa feliz.
Essa é uma busca sem fim.
Mas ao contrário do pensamento comum, essa não é uma busca solitária.
Pessoas mostram lados de nós mesmos que desconhecemos.
Somos um produto das relações que temos e tivemos. E no futuro seremos o que vivemos hoje.

Talvez as máscaras não sejam máscaras, talvez seja você.
Talvez seja você refletido em mim.
Talvez seja um lado seu, que nunca aceitou.
Seu consolo sempre foi saber que você não era aquilo, mas talvez você seja.
Talvez não.

Eu diria que o auto-conhecimento é o verdadeiro segredo da felicidade.

Supondo que exista a tal da felicidade.



__primeiro de março de dois mil e oito__



PHoto by ~mok1
http://mok1.deviantart.com/gallery/





Um comentário:

Marô Zamaro disse...

Mas, olhe só!

É exatamente o mesmo questionamento que eu me fiz, num momento de reflexão absoluta numa praça cheia de cocô de cachorro na grama!


Quem sou eu, senão um reflexo?
Platão explicaria: "Mas temos qualidades e defeitos inatos e blábláblá whiskas sachê..."

Mas na minha concepção, a personalidade exterior é como uma combinação de genes.
Os genes seriam as características psicológicas de outrém, que se combinam de infinitas maneiras diferentes para formar o indivíduo.


A verdade é que temos uma personalidade própria, mas nunca a identificaremos....porque ela está incoberta com a neblina da personalidade que mostramos ao mundo.


E...e....e....e...EU ADORO VIAJAR!
Desculpa aí se eu não falei coisa com coisa!
XD

Gostei do seu blog ;)